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domingo, 8 de agosto de 2010

A ERA DOS SAMURAIS

Bom quem que um dia num pegou no minimo um cabo de vassoura e fingiu que era espada? e quem é que nunca assistiu um filme de samurai ou ouviu falar deles? Mas você sabe quem foram eles? então aprenda um pouco sobre estes guerreiros que viveram no Japão.


Existem vários caminhos para se conhecer um pouco da a vida deles, exemplos disso são: filmes, animes, revistas, livros, pinturas, contos, artes marciais e muitos outros, não porque o tempo deles tenha passado no japão medieval que não tenhamos alguma influência deles hoje em dia, mas vários costumes deles ainda estão entre nós, vamos aprender um pouco sobre eles, afinal eles são dignos de exemplos e respeito.

Os Samurais existiram por quase 8 séculos (século VIII ao XV), ocupando o mais alto status social porquanto existiu o governo militar nipônico denominado Shogunato. Pessoas treinadas desde pequenos para seguir o Bushido, o caminho do guerreiro.

BUSHIDO

Bushido literalmente, "caminho do guerreiro", é um código de conduta e modo de vida para os Samurais (a classe guerreira do Japão feudal ou bushi), vagamente semelhante ao conceito de cavalheirismo que define os parâmetros para os Samurais viverem e morrerem com honra.

É originário do código moral dos samurai e salienta a frugalidade, fidelidade, artes marciais, mestria e honra e até a morte. Nascido de duas principais influências, a existência violenta do samurai é atenuada pela sabedoria e pela serenidade do Confucionismo e do Budismo. O Bushido foi desenvolvido entre os séculos 9 e 12 e inúmeros documentos traduzidos a partir dos séculos 12 e 16 demonstraram a sua grande influência em todo o Japão, embora alguns estudiosos terem mencionado que o "termo Bushidō em si é raramente mencionado na literatura pré-moderna". Alguns dos códigos seguidos pelos Samurais eram:
Gi (retidão) moralidade, integridade
Yu (coragem) coragem, valentia
Jin (benevolência), a bondade, a compaixão
Rei (respeito) reverência
Makoto (honestidade) sinceridade
Meiyo (honra, glória) nobreza
Chūgi (fidelidade), fidelidade, dedicação, fidelidade

O samurai era uma pessoa muito orgulhosa, tanto que se seu nome fosse desonrado ele executaria o seppuku, pois em seu código de ética era preferível morrer com honra a viver sem a mesma.

SEPPUKU

Talvez o que mais fascine os ocidentais no estudo desses lendários guerreiros é a determinação que
eles tinham em freqüentemente escolher a própria morte ao invés do fracasso. Se derrotados em batalha ou desgraçados por outra falha, a honra exigia o suicídio em um ritual denominado harakiri ou seppuku. Todavia, a morte não podia ser rápida ou indolor. O samurai fincava a sua espada pequena no lado esquerdo do abdômen, cortando a região central do corpo, e terminava por puxar a lâmina para cima, o que provocava uma morte lenta e dolorosa que podia levar horas. Apesar disso o samurai devia demonstrar total autocontrole diante das testemunhas que assistiam ao ritual. No entanto, dispunham de um assistente neste momento, que deceparia sua cabeça ao menor sinal de fraqueza para que sua honra fosse igualmente preservada. Normalmente eram escolhidas pessoas próximas (familiares, amigos) da pessoa que estava cometendo o seppuku para ajudar como assistente. Tal "cargo" era considerado de grande honra, um detalhe era que se o Samurai cometesse o seppuku e tivesse uma esposa a mesma deveria também fazer o ritual.

Inicialmente, os Samurais eram apenas coletores de impostos e servidores civis do império. Era preciso homens fortes e qualificados para estabelecer a ordem e muitas vezes ir contra a vontade dos camponeses. Posteriormente, por volta do século X, foi oficializado o termo "Samurai", e este ganhou uma série de novas funções, como a militar. Nessa época, qualquer cidadão podia tornar-se um Samurai, bastando para isso adestrar-se no Kobudo, manter uma reputação e ser habilidoso o suficiente para ser contratado por um senhor feudal. Assim foi até o xogunato dos Tokugawa, iniciado em 1603, quando a classe dos samurais passou a ser uma casta. Assim, o título de "Samurai" começou a ser passado de pai para filho.



O termo Kobudo pode se referir a distintas artes de origem japonesa: Pode ser usado como sinônimo de Koryu, ou seja, artes marciais japonesas de origem samurai criadas antes de 1868. Pode se referir a Ryukyu Kobudo, que é a parte do Karatê que se ocupa de utilizar armas típicas da ilha de Okinawa.

O Samurai mais famoso de todos os tempos foi Miyamoto Musashi, um guerreiro que veio do campo, participou da batalha de Sekigahara e iniciou um longo caminho de aperfeiçoamento. Ele derrotou os Yoshioka em Edo (Atual Tokyo) e venceu o grande Sasaki Kojiro, outro grande Samurai. Pelo fim da era Tokugawa, os Samurais eram burocratas aristocráticos ao serviço dos Daimyo, com as suas espadas servindo para fins cerimoniais. Com as reformas da era Meiji, no final do século XIX, a classe dos Samurais foi abolida e foi estabelecido um exército nacional ao estilo ocidental. O rígido código Samurai, chamado bushido, ainda sobrevive, no entanto, na atual sociedade japonesa, tal como muitos outros aspectos do seu modo de vida. Durante o período da ditadura militar feudal Xogunato Tokugawa estabelecida no Japão em 1603 por Tokugawa Ieyasu, os aspectos do Bushido ficaram formalizados no Direito Feudal japonês.



O nome "Samurai" significa, em japonês, "aquele que serve". Portanto, sua maior função era servir, com total lealdade e empenho, o Imperador, em troca disso recebiam privilégios terras e/ou pagamentos, que geralmente eram efetuados em arroz, numa medida denominada koku (200 litros).

Um termo mais apropriado para Samurai é bushi significando literalmente "guerreiro ou homem de armas" que era usado durante o período Edo. No entanto, o termo "Samurai" refere-se normalmente à nobreza guerreira e não por exemplo à infantaria alistada. Um samurai sem ligações a um clã ou daimyō era chamado de ronin literalmente "homem-onda ou samurai sem mestre", dois exemplos de ronin conhecidos nos mangás e livros são Takezo que futuramente viria a ser Musashi, era ronin por não ter mestres e Itto Ogami ou Lobo Solitário ronin por não cumprir com seppuku.

Ronin são também samurais que largaram a sua honra ou aqueles que não cumpriram com o seppuku, que significa dividir a barriga, de modo a repor a honra do seu clã ou família. Curiosidade era que Samurais a serviço do han eram chamados de hanshi.

Após tornar-se um bushi (guerreiro samurai), o cidadão e sua família ganhavam o privilégio do sobrenome. Além disso, os samurais tinham o direito (e o dever) de carregar consigo um par de espadas à cintura, denominado "daishô": um verdadeiro símbolo samurai. Era composto por uma espada curta (wakizashi), cuja lâmina tinha aproximadamente 40 cm, e uma grande (katana), com lâmina de 60 cm.

DAISHO



A Daisho é tipicamente descrita como uma correspondência uchigatana e wakizashi . A katana wakizashi / emparelhamento não é a única combinação daisho, em geral, qualquer espada já emparelhado com uma espada curta ou uma faca é considerado um Daisho. Uma combinação perfeita de material e lâminas de estilo com a katana wakizashi / emparelhamento foi de fato incomum, uma vez que teria sido mais caro para um samurai.

A etimologia da palavra se torna aparente quando os termos Daito longa espada significado e Shoto , o que significa espada curta, são utilizados, dai + sho = Daisho. O Daito, a mais das duas espadas, era normalmente utilizado no combate de homem para homem. O Shoto fez uma eficaz punhal defensivo ou interior arma de combate. Além disso, o Daisho permite que o lutador a ter uma gama mais ampla ou mais combate, quando ambas as armas são empregadas. O Daisho foram limitados exclusivamente ao samurai de classe e eram um símbolo de sua categoria. Eles entraram na moda durante o período Muromachi (1336-1392). Todos os samurais dominavam o manejo do arco e flechas. Alguns usavam também bastões, lanças e outras armas como a foice e corrente (kusarigama) e jutte ou jitte.



Havia uma máxima entre eles: a de que a vida é limitada, mas o nome e a honra podem durar para sempre. Por causa disso, esses guerreiros prezavam a honra, a imagem pública e o nome de seus ancestrais acima de tudo, até da própria vida. A morte, para o samurai, era um meio de perpetuar a sua existência. Tal filosofia aumentava a eficiência e a não-hesitação em campos de batalha, o que veio a tornar o Samurai, segundo alguns estudiosos, o mais letal de todos os guerreiros da antiguidade. Os samurais eram guerreiros que davam muita importância ao seu clã (família) por isso se algum membro da família do samurai morresse por assassinato ele teria que matar o assassino para assim reconquistar sua honra.


Ao tomar conhecimento desses fatos, os ocidentais geralmente avaliam os Samurais apenas como guerreiros rudes e de hábitos grosseiros, o que não é verdade. Os samurais destacaram-se também pela grande variedade de habilidades que apresentaram fora de combate. Eles sabiam amar tanto as artes como a esgrima, e tinham a alfabetização como parte obrigatória do currículo. Muitos eram exímios poetas, calígrafos, pintores e escultores. Algumas formas de arte como o Ikebana (arte dos arranjos florais) e a Chanoyu (arte do chá) eram também consideradas artes marciais, pois treinavam a mente e as mãos do Samurai.








ARMADURA

Uma armadura típica dos samurais era composta por diversos detalhes importantes, sofrendo mudanças de acordo com o período histórico, o clã e a classe do samurai. As usadas para batalhas a cavalos, chegavam a pesar até quarenta quilos e tinham as seguintes partes::

Suneate: Duas lâminas verticais presas na canela por juntas ou correntes.

Haidate: Protetor de coxas, com a parte inferior sobreposta de lâminas de metal ou couro. 

Yugate: Luvas feitas de couro.

Kotê: São as mangas que protegiam os antebraços e punhos, poderiam ser feitas de diversos materiais, como tecido, couro ou lâminas de metal.

Dô: Protetor para o abdômen.

Kusazuri: Um tipo de saia feita de lâminas de metal presas a um cinto de couro e amarradas no Dô, servia para proteger o quadril e as coxas.

Uwa-obi: Cinto feito de linho e algodão que amarrava o Dô.

Sode: Protetor de ombros feito de lâminas de metal.

Hoate: Máscara que variavam muito de modelo, conforme o período.

Kabuto: Capacete, que também variavam muito de modelo, conforme o período. Simbolizavam o poder e status do samurai.




Os Samurais eram treinados militarmente desde a infância, e formavam uma casta respeitadíssima e hereditária. Moldados no treinamento e educação espartanos, sua conduta era rígida.

A Sociedade Japonesa, durante o período do xogunato, abaixo dos nobres, dos senhores feudais e dos grandes líderes militares, dividia-se em 4 classes principais: samurais, lavradores, artesãos e mercadores. Os samurais, a classe dos guerreiros, que compreendia cerca de 3 a 8 por cento do total da população, destacava-se como casta por poder portar armas legalmente, quais cabiam a responsabilidade de manter a ordem e eram proibidas ás outras pessoas. Os Samurais tinham privilégios, como o livre direito de ação; diante deles, em certas ocasiões, as pessoas das classes mais baixas deviam lhes reverenciar, como ato de respeito. Por lei, um direito chamado kirisute gomen dava a um Samurai o poder de eliminar com sua espada qualquer um das castas mais baixas que não o respeitasse. Os Samurais, como casta, terminaram com a extinção do feudalismo. Sem ter a quem servir, entraram na luta contra o império, numa série de revoltas iniciadas em 1870, que foram abafadas pelo exército imperial. Os sobreviventes das revoltas, homens com séculos de orgulho, honra e cultura guerreira, se degradaram e terminaram seus dias com bandoleiros ou mendigos.

Os Samurais, como classe social, deixaram de existir em 1868, com a restauração Meiji, quando o imperador retomou o poder do país. Seu legado continua até nossos dias, influenciando não apenas a sociedade japonesa, mas também o ocidente.

Ainda hoje claro como lendas que eram há algumas histórias conhecidas sobre Samurais que são ditas até como contos veja algumas delas:

SAMURAI IDOSO

Perto de Tóquio vivia um grande Samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar o zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação, esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante.
O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua fama. Todos os estudantes se manifestaram contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio.
Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.

Desapontados pelo fato do mestre aceitar tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:

- Como o senhor pôde suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?

- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? - perguntou o Samurai.

- A quem tentou entregá-lo - respondeu um dos discípulos.

- O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos. - disse o mestre - Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma. Só se você permitir...

O LADRÃO QUE VIROU DISCÍPULO 


Uma noite quando Shichiri Kojun estava recitando sutras um ladrão com uma espada entrou em seu zendo, exigindo seu dinheiro ou a sua vida. Shichiri disse-lhe:
- Não me perturbe. Você pode encontrar o dinheiro naquela gaveta.
E retomou sua recitação. Um pouco depois ele parou de novo e disse ao ladrão:
- Não pegue tudo. Eu preciso de alguma soma para pagar os impostos amanhã.
O intruso pegou a maior parte do dinheiro e principiou a sair.
- Agradeça à pessoa quando você recebe um presente - Shichiri acrescentou. O homem lhe agradeceu, meio confuso, e fugiu.
Poucos dias depois o indivíduo foi preso e confessou, entre outras coisas, a ofensa contra Shichiri. Quando Shichiri foi chamado como testemunha, disse:
- Este homem não é ladrão, ao menos tanto quanto me diz respeito. Eu lhe dei o dinheiro e ele inclusive me agradeceu por isso.
Após o homem ter cumprido sua pena, foi a Shichiri e tornou-se um de seus discípulos.

GAROTAS 


Tanzan e Ekido certa vez viajavam juntos por uma estrada lamacenta. Uma pesada chuva ainda caía, dificultando a caminhada. Chegando a uma curva, eles encontraram uma bela garota vestida com um quimono de seda e cinta, incapaz de cruzar a intercessão. "Venha, menina," disse Tanzan de imediato. Erguendo-a em seus braços, ele a carregou atravessando o lamaçal. Ekido não falou nada até aquela noite quando eles atingiram o alojamento do Templo. Então ele não mais se conteve e disse: "Nós monges não nos aproximamos de mulheres, especialmente as jovens e belas. Isto é perigoso. Por que fez aquilo?" "Eu deixei a garota lá," disse Tanzan. "Você ainda a está carregando?"

NÃO MORRI AINDA 

O Imperador perguntou ao Mestre Gudo: - O que acontece com um homem iluminado após a morte? - Como eu poderia saber? - replicou Gudo. - Porque o senhor é um mestre... não é? - respondeu o Imperador, um pouco surpreso. - Sim Majestade,- disse Gudo suavemente - Mas ainda não sou um mestre morto.

O MAIOR DOS GUERREIROS

O aluno perguntou ao mestre: - Como faço para me tornar o maior dos guerreiros? O mestre respondeu: - Vá atras daquelas colinas e insulte a rocha que se encontra no meio da planície. - Mas pra que, se ela não vai me responder? - retruca o aluno. - Então golpeie-a com tua espada. - Mas minha espada se quebrará! - Então agrida-a com tuas próprias mãos. - Aconselha o mestre. - Assim eu vou machucar minhas mãos - diz o aluno insatisfeito com as respostas do mestre - E também, não foi isso que eu perguntei, o que eu queria saber, era como eu faço para me tornar o maior dos guerreiros. O mestre diz: - O maior guerreiro é aquele que é como a rocha, não liga para insultos nem provocações, mas está sempre pronto para desvencilhar qualquer ataque do inimigo.

OS 47 RONINS


A história veridica dos 47 Ronin da provincia de Harima é provavelmente a história mais conhecida do valor dos ideais e valor do Bushido. A lenda começa em 1701, um tempo de paz durante o Shogunato de Tokugawa. O Shogun Tsunayoshi vivia e reinava em Edo, enquanto o Imperador, que tinha muito pouco poder politico, vivia em Kyoto. Para mostrar respeito para com o Imperador, Tsunayoshi enviava presentes para Kyoto por altura das celebrações do Ano Novo, e em retorno o Imperador mandava os seus presentes de Kyoto para Edo. Numa destas trocas de presentes Tsunayoshi decidiu enviar dois dos seus novos daimyos para receber os mensageiros imperiais. Naganori Asano-Takuminokami, Senhor do Castelo de Ako na provincia de Harima e Munehare Date, Senhor de Sendai. Pelo facto destes daimyos serem muito inexperientes em receber tão altos visitantes, o Shogun decidui designar um alto oficial chamado Yoshinaka Kira-Kozukenosuke para os apoiar. Kira, que era um homem arrogante e de mau fundo, ficou bastante irritado com Lord Asano por este não o presentear com caros artigos em sinal de apreciação e respeito por sua ajuda. Desta forma, Kira em vez de ajudar Lord Asano prejudicava-o sempre que podia e rebaixava-o publicamente sempre que tinha oportunidade. Depois de vários meses nesta situação de abuso a tolerância de Asano terminou. Em 14 de Março incapaz de suportar mais os insultos de Kira, Lord Asano desembainhou sua Katana (em si uma ofensa capital quando efetuada dentro do castelo de Edo) e feriu Kira de leve. Por esta ofensa, o Shogun Tsunayoshi ordenou a Lord Asano que cometesse imediatamente seppuku. Kira, por outro lado, não recebeu qualquer punição. pelo contrario foi-lhe permitido continuar com os seus deveres oficiais. O facto do Shogun não ter punido Kira e ter ordenado a execução de seppuku a Lord Asano irritou por demais os seguidores e amigos de Asano. De acordo com as leis reinantes quando um samurai cometia seppuku, o seu castelo era confiscado pelo Shogun, a sua família era deserdada, e os seus 321 samurai eram ordenados a separar-se e a dispersar, tornando-se assim Ronins. Os samurai de Asano não estavam muito conscientes de como atuar perante esta situação. Alguns pensavam que se deviam recusar a entregar o castelo ao Shogun, outros achavam que deviam planear uma ação de vingança e matar Kira, outros achavam que deviam respeitar a lei e render-se pacificamente. Oishi Kuranosuke, chefe conselheiro de Lord Asano, depois de ouvir todas as opiniões transmitidas pelos Samurais decidiu traçar um plano. Ele iria pedir ao Shogun o restabelecimento da "Casa de Asano" encabeçada pelo irmão mais novo de Lord Asano, Daigaku. Se esta petição falhasse os Samurai de Lord Asano iriam se recusar a entregar o castelo e iriam defende-lo até à morte. Nos dias que se seguiram, enquanto os agentes do Shogun se encaminhavam para Ako todos os Samurais que se opunham à petição foram saindo do castelo, deixando apenas 60 samurai fieis a Lord Asano. Mesmo antes que qualquer dos emissários do Shogun chegassem ao castelo, Daigaku Asano enviou uma mensagem a Oishi pedindo-lhe que obedecesse às ordens do Shogun e entregasse o castelo. Oishi e os restantes 59 samurai aceitaram o pedido de Daiguku, mas antes de entregarem o castelo decidiram traçar um plano de modo a restaurar a honra de seu mestre Lord Asano matando Kira, cujo caracter pouco tinha a haver com os Samurai e que tanta desonra trouxe à família de Lord Asano. Apenas a sua morte reporia de novo a honra a Lord Asano e a sua familia. Deste modo separaram-se por forma a conceber e levar o seu plano em frente. Naturalmente que Kira suspeitava que os Samurai de Asano tentassem vingar-se dele. Para afastar qualquer tipo de suspeita Oishi retirou-se para Yamashima, subúrbio de Kyoto, onde foi ganhando a reputação de jogador e bêbado, o que fez diminuir a guarda por parte do Shogun, bem como os espiões de Kira. O Shogun ainda com receio de que a questão da morte de Lord Asano ainda não tivesse resolvida ordenou a prisão de Daigaku Asano e sentenciou o seu confinamento e de sua família a uma pequena província, acabando assim, com alguma esperança que pudesse haver quanto ao restabelecimento da "Casa de Asano".


Durante cerca de dois anos eles esperaram pacientemente, disfarçados de comerciantes, de vendedores de rua e até de bêbados, procurando obter informações sobre Kira e estando atentos aos seus movimentos por forma a encontrar uma oportunidade para tomar de assalto a sua mansão. Até que finalmente Kira relaxou e diminuiu a desconfiança e a guarda, a Oishi e seus companheiros. Numa reunião secreta Oishi e os outros 59 Ronins decidiram que o tempo deles era chegado e que eles deveriam devolver a honra a seu mestre. Oishi decidiu levar consigo apenas 46 dos 59 Ronin. Ele decidiu enviar os outros 13 para junto das suas famílias.



Um por um Oishi e os seu homens infiltraram-se em Edo, e numa noite nevosa de Inverno a 14 de Dezembro de 1702 os 47 Ronins atacaram a mansão de Kira enquanto ele dava uma festa do chá. Os 47 Ronins divididos em dois grupos atacaram a mansão pela entrada principal e pelos fundos. Nessa batalha os 47 Ronin lutaram contra 61 guardas armados . Ao fim de hora e meia de batalha, os Ronins de Asano tinham morto ou capturado todos os guardas de Kira sem nenhuma perda. Depois de uma busca pela mansão, Kira foi encontrado escondido na casa de fora. O Ronin trouxe Kira para o pátio principal e frente aos outros 46 deu-lhe a mesma oportunidade que foi dada a Lord Asano: morrer honradamente cometendo seppuku. Kira não queria cometer seppuku e um Ronin o decapitou. Depois, para simbolizar a conclusão da sua missão, os 47 Ronin voltaram onde tinha sido sepultado Lord Asano no templo Sengaku-Ji e lá colocaram a cabeça de Kira, declarando assim a honra de Lord Asano redimida. Preparados para morrer , Oishi enviou um mensageiro ao magistrado a Edo, informando o que tinha sido feito e dizendo que eles iriam ficar à espera no templo Sengaku-Ji, a aguardar ordens do Shogun. O Shogun Tsunayoshi , em vez de ficar profundamente irado com o acontecimento, ficou muito impressionado com a enorme lealdade demonstrada pelos 47 Ronins.

Este fato tornou a decisão de Tsunayoshi ainda mais difícil. Deveria ele apenas separar os 47 Ronin como reconhecimento pelo a sua enorme demonstração de lealdade para com o Bushido ou deveria ele puni-los de acordo com a lei? Depois de 47 dias de reflexão, Tsunayoshi ordenou que Oishi e 45 dos Ronins se matassem, não como meros criminosos mas como honrrados guerreiros. O mais novo dos Ronin que foi enviado a Ako com a noticia da morte de Kira foi poupado a esta sentença. Em 4 de Fevereiro de 1703 os 46 Ronins foram divididos em quatro grupos e entregues a 4 diferentes daimyos, que foram ordenados de supervisionar e testemunhar as suas morte. Oishi e os outros 45 Ronin cometeram seppuku simultaneamente, dignificando-se no seu valente sacrifício. Depois das suas mortes, os 46 Ronin foram enterrados lado a lado com seu mestre no templo Sengaku-Ji. Hoje em dia, a memoria dos 47 Ronins é celebrada numa peça chamada Chusingura que leva as audiências as lágrimas. Adicionalmente, cada ano milhares de Japoneses visitam o local onde estão enterrados os corpos do 46 Ronins no Templo Sengaku-Ji para prestar homenagem à honra e lealdade dos 47 Ronins e a sua dedicação ao código do Bushido.

Essa com certeza é uma das histórias favoritas que eu lembro, bem além de tudo isso hoje em dia os jovens passam as vezes por Samurais que eram lendas mas nem se dão conta disso como em um game para Playstation 2 Warriors Orochi alguns deles são: Nobunaga Oda, Mitsuhide Akechi, Hideyoshi Toyotomi inclusive no W.O 2 Aparecem Miyamoto Musashi e Sasaki Kojiro outros dos Samurais mais famosos do japão, existe também para Playstation 1 e 2 um game chamado Musashiden que o protagonista é Musashi.

















Himura Kenshin Battosai: o Personagem principal do Anime Samurai X, realmente existiu na era dos samurais e ganhou esse nome Hitokiri por retalhar vários soldados em uma batalha, Kenshin na verdade foi baseado em Kawakami Gensai, que foi considerado esquartejador de homens executado pelo Governo Meiji, na época era conhecida suas técnicas pela sua habilidade e reflexos sobre-humanos em batalha.

Outras coisas também são livros, revistas, Filmes, Seriados e muitas outras coisas que você pode encontrar um fundo de verdade daquele personagem. Os livros que recomendo são: Musashi de Eiji Yoshikawa, Gorin no Sho Escrito pelo próprio Musashi, Hagakure, Mangás como Samurai X pois é rico em detalhes e história, Vagabond: muito rico também infelizmente aqui no brasil este mangá vai e volta devido a editoras terem grande tempo de hiato, Lobo Solitário muito bom também e muito recomendado, Filmes como Os 7 Samurais o anime Samurai 7, Musashi, Yojimbo, Último Samurai, Sanjuro, Os filmes do diretor já falecido Akira Kurosawa são ótimos. Bem nem preciso dizer que sou fã das histórias e contos de Samurais.




Bem espero que tenham aprendido algo e que assistam ou leiam algo sobre este guerreiros do passado que ainda nos ensinam, estude um pouco como eram para que também lhe traga algo bom em sua vida, principalmente se você pratica artes marciais seja ela qual for ok.




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